Mais uma proposta mariola para uma bela manhã de sábado…
Desta vez a caminhada iniciaria em Cheleiros, mesmo junto à igreja matriz, de traça manuelina e com apontamentos de cruzes templárias. Ao lado do cruzeiro foi dado o “lamiré” sobre o que nos esperava.
E pouco depois, junto à ribeira de Cheleiros, metíamos botas ao caminho…
Cruzando a antiga ponte (quiçá de origem romana), sob o olhar atento dos patos bravos que no Lizandro dão o seu mergulho matinal…
Passando mais um cruzeiro, seguimos o trilho, junto ao rio, apreciando a ruralidade primaveril deste belo local…
Mais à frente chega a altura de cruzar as águas, mas desta vez, sem ponte, há que meter as botinhas no rio… Com jeitinho, para não molhar os pezinhos, a malta lá vai atravessando o rio, pisando as poldras improvisadas, apoiados em braços e bastões amigos, quase que dançando sobre a água…
Esta é de resto, uma caminhada em que a água vai estar muito presente… Mais à frente passamos por uma outra ribeira – a do Mourão, a outra ribeira, “que nos delicia com as suas cascatas numa agradável toada musical.” (PR)
Avançamos por entre a melodia da água e a cor das flores…
E eis que por um trilho pejado de cor, chegamos à Cascata de Anços…
E no meio deste vibrar de vida, despontam os sorrisos, surgem gargalhadas, toda a gente quer fazer parte deste pequeno paraíso, nem que seja só através de uma foto com a bela cascata…
Custa um pouco despedir-nos deste belo local, mas tem que ser… O trilho continua… E mais à frente a vista volta a prometer… Encontramos ao longe uma encosta lilás…
Aos poucos vamos aproximando-nos dela… E ao chegarmos lá deparamo-nos com milhares de “Glórias-da-manhã-anãs”, ou convolvus tricolor, como são conhecidas no mundo da botânica!! E é a loucura!! Toda a gente quer uma foto neste manto lilás…
Lá no meio surgem ainda outras flores, que descobri entretanto chamarem-se “Craveiro do Monte”, ou tragopogon hybridus.
Deixamos o belo monte para trás e arrepiamos caminho… Há mais flores para colher com o olhar por aí… Orquídeas silvestres (anacamptis pyramidalis), Pampilho (chrysantemum coronarium), Jacinto das searas (muscari comosum), entre tantas outras…
Mas nem só de flores é feito este caminho… Também há animais bem engraçados, como este simpárico burrinho peludo, que até começou a fazer poses para a foto!! Oh pra ele assim de perfil!!
O caminho prossegue, levando-nos agora até ao antigo Castro de Lexim… Subimos o morro que foi antes uma chaminé vulcânica e observamos as disfunções prismáticas provocadas pelo arrefecimento do magma…
Lá de cima, a vista é fenomenal…
Depois de devidamente apreciadas a vista, é agora altura de descer, rumando pelo meio de flores e moinhos à Aldeia da Mata Pequena.
Daqui voltamos a seguir junto à ribeira de Cheleiros, reencontrando os patos que nos viram partir nesta gloriosa manhã…
E terminando, uma vez mais, com “bota d’ouro” mais uma belíssima caminhada!!
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