quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Tockandar pela Serra da Freita

Desta feita decidimos ir à Serra da Freita!!

Muito tínhamos ouvido falar desta serra… Das pedras parideiras, da frecha da Mizarela, dos doces conventuais que há em Arouca, lá perto… “Doces conventuais? Está decidido!!” E lá fomos nós…

Ficámos no Hotel Rural Quinta de Novais, num local muito sossegado, com uma envolvência agradável, rodeado de árvores e com uma pequena piscina que, de Verão, será certamente um recanto formidável.

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Demos um passeio pelo bosque da quinta, rico em carvalhos e castanheiros… Que é como quem diz, rico em bolota e castanhas!!! Ainda trouxemos de lá uns kilitos de castanhas… Afinal estavam ali caídas no chão… E tinha chovido… Assim, em vez de criarem bicho, servem de mata-bicho!! ;)

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Apesar de o bosque ainda estar verdejante, já se começava a vestir de tons outonais…

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Depois de uma bela refeição (note-se que nesta zona nunca se pedem entradas, senão perde-se o apetite para o prato principal, tal é o tamanho da 1/2 dose!!) e de uma noite bem dormida, acordámos no dia seguinte e fomos conhecer a Serra da Freita… Ou pelo menos 1 dos seus PR’s… O PR15, mais a sul do concelho de Arouca, com o interessante nome de “Viagem à Pré-História” e que se inicia perto do Parque de Campismo do Merujal.

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Iniciamos os 17kms do percurso de olhar preso no marco geodésico de S.Pedro Velho que, a 1077m de altitude, domina aquela zona da serra… E descobrimos um local absolutamente fabuloso… Fabuloso no verdadeiro sentido da palavra… Parece que de cada árvore, cada recanto e cada flor pode brotar uma fábula… ;)

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O trilho atravessa este planalto da serra, passando pelo refúgio das Baralhas e cruzando-se com muretes e levadas que trariam a água às aldeias locais…

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Como Albergaria da Serra, onde somos acolhidos por 3 simpáticos canitos… Por ali passa o belíssimo rio Caima, nascido um pouco mais acima, na serra da Freita, que origina recantos de encher o olho… e a alma!!

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Já no final da aldeia passamos por uma placa, de 1641 que alude ao seu nome “Albergaria”, já que teria sido aqui fundada uma albergaria pela Rainha D. Mafalda (esposa do 1º rei de Portugal). Na placa pode ler-se que era uma “albergaria para pobres e passageiros, com obrigação de dar 2 camas; uma para pobres e outra para ricos (…)”

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Deixamos a aldeia para trás e continuamos pelo trilho que nos leva rio acima…

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Imersos num mundo de verde, cinzento e azul… Colorido pelas pequenas flores que por aqui brotam…

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Continuamos pelo trilho que nos faz passar por um afloramento de quartzo, ali no meio de todo aquele granito, que serviu de base à construção dos muretes rendilhados…

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E eis que chegamos a um espaço fantástico… Com um magnífico espelho de água…

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Caminhamos agora até às Pedras Boroas, assim chamadas porque fazem lembrar a crosta de uma broa, onde aproveitamos para avistar o trilho em volta…

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Continuamos… O Caima acompanha-nos até passarmos por um bosque de bétulas onde pastam as vaquinhas arouquesas…

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Passando o Vidoeiro, mudamos de direcção… E à medida que caminhamos, muda a envolvência… Pisamos agora uma calçada antiga… O bosque fica para trás e resta-nos apenas a serra e a sua vegetação rasteira de largos horizontes, coloridos de Outono…

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Talvez inspirados por esta paisagem – bela e agreste – os antigos tenham escolhido este local para depositarem os restos dos seus antepassados, já que é por aqui que encontramos a Mamoa de Portela da Anta.

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Passamos agora por um ribeiro, seguindo sempre pelo bem marcado trilho onde, aqui e acoli se avistam umas mariolas

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Passamos por um pinhal…

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Até que chegamos a Monte Calvo… Lugar onde existem 2 mamoas, datadas da Idade do Bronze (2000 AC)

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Seguimos agora por um carreiro que nos vai levar à aldeia de Castanheira, onde podemos apreciar no próprio trilho o fenómeno das pedras parideiras, algo que só existe nesta zona de Portugal e perto de S.Petersburgo, na Rússia

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Por não nos desviarmos do trilho, acabamos por não ver o “filão” das pedras que dão à luz e seguimos caminho pela aldeia, com os seus espigueiros, as suas abóboras a secar ao sol, um ou outro gatito e as portas abertas dos pequenos estábulos onde o gado recolhe à noite…

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Depois de atravessarmos a aldeia, aproveitamos a ribeira para merendarmos…

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E depois seguimos caminho até uma zona, onde se vê o Rio Caima de um lado e uma ligeira encosta, cheiinha de crocos e pequenos cogumelos, onde o trilho converge com o PR7 – Nas Escarpas da Mizarela.

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Por alguns metros tentamos apanhar o PR7 – Nas Escarpas da Mizarela, contudo, esta encosta da serra sofreu um incêndio, e a dada altura perdemos as marcas, pelo que optamos por voltar atrás ao trilho original – o PR15, por onde seguimos até ao miradouro de onde podemos avistar a famosa Frecha da Mizarela.

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A Frecha da Mizarela surge imponente, brotando do meio das rochas. Ouve-se o seu som, antes de conseguirmos descortinar esta queda de água que cai de cerca de mais 60m no Rio Caima que corre lá em baixo, por entre as escarpas…

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Regressamos ao florido trilho…

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Que nos leva por pinhais, por onde o rio corre livre até ao Parque de Campismo do Merujal, onde iniciámos a caminhada.

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Terminamos aqui o belíssimo PR15 e regressamos à Quinta de Novais para descansar. Amanhã será outro grande dia!!!

2 comentários:

  1. Excelente relato de um agradável percurso da minha terrinha. Agora só falta conhecer os outros 12!
    Boas caminhadas
    darasola

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  2. É verdade... São muitos os percursos na zona!! Gostei muito e iremos regressar de certeza. Quando o fizermos, entrarei em contacto.
    Abreijinhos e tockandar!!! :)

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