sábado, 22 de setembro de 2012

Tockandar pela Grande Rota Dura da Serra dos Candeeiros

Depois de 2 meios-reconhecimentos, chegou finalmente o dia da Grande Rota Dura da Serra dos Candeeiros. Sendo algo que já estava planeado para ser realizado há vários meses, a malta aguardava com alguma expectativa este dia… E que grande dia foi… A condizer com a Rota!! :)

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Foi ao bater das 08h00 que chegámos à aldeia de Alcaria… Pouco a pouco, os caminheiros foram chegando, mas à hora prevista não estávamos ainda todos… Tinha havido um furo pelo caminho e a malta que vinha de Lisboa teve que se rearranjar em termos de boleias… E passado algum tempo, estávamos todos preparadinhos para começar… O AA fez o briefing e com o HC a conduzir “as tropas”, tockandar!!!

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Primeiro descemos, por entre oliveiras que crescem no meio das pedras calcárias tão características desta serra…

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E depois metemos por um carreirinho que nos levou por entre um bosque fantástico, com vistas belíssimas

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Passámos por túneis de vegetação de tons outonais…

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E entrámos depois num trilho junto a uma ribeira – agora seca, que nos permitiu apreciar as vistas em redor, à medida que começámos a subir a pouco e pouco para o morro…

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Pelos rádios, íamos comunicando uns com os outros “O grupo da frente já está no morro!!” - “O grupo do meio vai a caminho!” - “O grupo da rectaguarda está agora a começar a subir!” e conseguia-se assim que todos fossem avançando ao seu ritmo.

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Chegados ao morro, aproveitámos para reagrupar, enquanto apreciávamos as vistas sobre o Vale do Lena, com a Serra Galega por trás e de outro lado, Porto de Mós e o seu castelo apalaçado!

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E depois tockadescer, por um trilho diferente do previsto, já que o nosso anfitrião – o HC, nos queria mostrar uma gruta…

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Nem todos entraram, mas os que o fizeram, deram o tempo por bem empregue… Apesar de se entrar de joelhos, logo a seguir havia uma grande galeria… E muito mais para explorar, houvesse tempo

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Entretanto, cá fora, aproveitava-se para repor líquidos, enquanto se esperava que a malta saísse da gruta…

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E depois, uma vez mais, demos corda às botinhas e tockasubir até ao trilho dos fósseis… Irresistíveis para quem gosta de os trazer para casa, sob a forma de foto, daquelas… para mais tarde recordar!! ;)

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Deixando os fósseis para trás, continuamos a palmilhar os trilhos da serra, por entre aromas de tomilho e alecrim…

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Agrupando junto a uma nogueira, passamos pelo lugar de Pragais e mais à frente Figueiredo, antes de enveredarmos por um bosque e começarmos a subir um trilho…

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Que nos leva à ecopista, com vista para Porto de Mós e que nos conduz aos almejados Túneis da Corredoura…

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Almejados túneis, sim, já que é aqui que paramos para almoçar…

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Nesta sombrinha maravilhosa, onde corre uma ligeira brisa, abancamos e puxamos cada um pelo seu farnel, enquanto alguns fazem de aguadeiros, partilhando a água que havia sido deixada num esconderijo de Geocaching…

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E que fresquinha que ela estava!! Alguns até bebiam pelo garrafão!! E outros havia que apregoavam o bom vinho DOC das Beiras… Era uma festa!! :)

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E a prová-lo estão os sorrisos que todos têm nas faces, com as bochechinhas mais ou menos cheias… Esta era uma caminhada que estava a correr muito bem!!

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Aproveita-se para descansar, esticar as pernas, ou os braços (oferecendo um pouco de comida), enquanto o sinal de partida não é dado…

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Mas chega a hora de arrancar, sinal dado e tockandar!!! Subimos o trilho, passando pelos moinhos… Upa, upa!!

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E mais à frente, fazemos um desvio para o “Stonhenge dos Candeeiros”… Um campo de lapiás, esculpido pelo tempo, chuva e vento…

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Continuamos a subir, passando a casa vigia, junto ao Marco Geodésico dos Penedos Negros, a 549,47m de altura.

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Deixando para trás este marco, avançamos um pouco a corta-mato, para atingirmos o ponto mais alto da caminhada… Por esta altura o ZP pergunta pelo rádio “De onde vem o nome candeeiros?”, “Não sei…”, respondo eu, mas vou saber e passando a questão ao AA, ele explica então que “Há 2 teorias: uma que diz que os cumes da serra fazem lembrar castiçais; e outra que tem a ver com o facto de, em tempos idos, se acenderem no topo dos montes fogueiras para guiarem os navegantes até à costa…”

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Curiosidade sabida, lá continuamos a seguir o trilho… Mas à medida que avançamos, pelo caminho ficamos com menos 5 caminheiros… O calor e o cansaço começaram a dar sinais e optou-se por levá-los até ao Sítio do Elias, para aí repousarem um pouco, enquanto os restantes avançam para o Marco Geodésico do Vale Grande, a 619m de altitude – o ponto mais alto da Serra dos Candeeiros!!

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E é neste local que aproveitamos para a foto de grupo… Um grupo incompleto fisicamente, mas mentalmente estamos todos lá!!!

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Descemos… Por estradão e por picadas… Há que conferir o GPS para ver se o trilho calcorreado bate certo com o delineado!!

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Trilho afinado, começamos a descer, por entre trilhos e muretes de pedra, com pequenos campos de cultivo no seu interior…

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Descemos para a pacata aldeia da Bezerra, adormecida no sopé da Serra… Passamos a Igreja de S.Joaquim e Stª Ana, mais as casas do Sporting e do Benfica, bem como a Cisterna…

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E fazemos mais uma breve paragem na Mina da Bezerra, que alguns aproveitam para explorar, enquanto outros se deixam ficar à portinha… “Não vá ter bichos!!”

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Deixamos a Mina para trás e mais à frente, procede-se ao ataque das 3 figueiras… Ele é figo preto, ele é pingo de mel, ele é figo de miolo vermelho…

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Eles são é todos docinhos, mas temos de nos fazer ao caminho que o resto da malta já deve estar no Sítio do Elias a petiscar!! É que já anda no ar o cheirinho da chouriça assada…

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E não é que era mesmo?! Quando lá chegamos, já temos o petisco todo preparadinho e à nossa espera temos pãozinho caseiro, chouricinho assado, as belas das “mines” – loiras e morenas – há pra todos os gostos!! E até há ice-teas e águas para quem não quer álcool… E para quem não se importa com ele, até houve direito a um Favaios que por ali estava bem escondidinho!!

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Brindes feitos, estômagos forrados e ânimos compostos, fazemo-nos novamente ao trilho… Desta vez com o grupo completo, já que os companheiros que aqui tinham ficado a descansar, partem agora connosco!!

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Subimos, direitos a Serro Ventoso e daí, continuamos a subir, corta-mato até bem perto dos moinhos que antes víramos no topo da encosta… Pelo rádio ouve-se o AA incentivar: “Com o JH como marechal, nada pode correr mal!!”

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E é agora altura de descer para Chão de Pias, onde o JH comunica via rádio que o pelotão da frente já lá está… Siga a marinha, tockandar pra diante que os da frente estão à nossa espera…

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Chegados a Chão de Pias, é altura de voltar a subir… Desta vez para o Alto da Fórnea… E por um caminho diferente, escolhido a dedo pelo HC…

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Apreciando as vistas e o final de tarde, passo-a-passo, em amena cavaqueira, lá vamos nós, fazendo uma festa quando chegamos ao topo!!

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Um topo de tirar a respiração… Literalmente, houve que lá chegasse meio ofegante – e não era da subida… A vista é avassaladora!! E por muito boa que a foto seja, não consegue fazer jus à magnanimidade deste anfiteatro natural…

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Soprados pelo vento, começamos a descer…

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Aproveitando este fantástico local para tirar a foto deste grande grupo, agora completo!!

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E começamos a rumar à descida, com o sol a descer por cima da Serra, atrás de nós…

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A ideia é depois de passarmos o murete, começarmos a descer lentamente, por um trilho que passa num pinheirinho… “Mas onde é que está o raio do pinheiro?!”, pergunta o JH pelo rádio. Pinheiro encontrado, lá começámos a descer, com cuidadinho pelo carreirinho no meio da vegetação…

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O sol de início batia-nos as costas, mas pouco depois começou a deixar-se ficar para trás do topo da fórnea… E passo-a-passo, lá fomos descendo, animadamente, até chegarmos à cascalheira…

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Quem vinha do meio para trás, de repente só começou a ouvir gargalhadas e um som como que de louça a partir… O pelotão da frente tinha chegado à cascalheira e iam por ali abaixo a descer, sem dó, nem piedade!! E mais atrás lá ia o pelotão do meio e depois o da rectaguarda… Foi sempre a descer, por ali abaixo!!!

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Descida feita, ainda houve 4 caminheiro-exploradores que foram visitar a Cova da Velha, onde, lá muito no interior, a água ainda pinga e corre…

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E já se via a lua em quarto crescente a brilhar no céu, quando o resto da malta se propôs a realizar o “ritual de purificação” numa bica de água que corria, entre a Fórnea e Alcaria…

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“Mais 2km e estamos lá!!” E assim foi que, ao bater das 08h00 da noite (11h depois de iniciarmos), chegámos, alongámos, a roupa trocámos e para o Café do Henriques, já de carro, atalhámos!!

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E aí fizemos o belo do convívio, no meio de um petisco mais que merecido, por entre boa sopa, bom pão, excelentes enchidos grelhados, febrazitas e umas belas “bejecas”!!!

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É que 33,4km dão direito a isso e muito mais!!

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33,4km dão direito a brindes aos caminheiros e ao AA, o mentor deste projecto das GRD’s – Grandes Rotas Duras!!! Dão direito a uma próxima GRD que será na Serra da Gata, sob a batuta do maestro JC!!

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Eh pá, 33,4km na Serra dos Candeeiros até dão direito a fado – sem guitarrada, mas bem sentido e à desgarrada!!

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E apesar dos músculos doridos e cansados, a sensação é de alegria pura!! Os sorrisos brilham-nos nos olhos e dançam-nos nos lábios, à medida que depois desta fantástica jornada, nos despedimos uns dos outros… Foi um grupo de valentes caminheiros, este, em que se respeitaram os ritmos de cada um, em que, apesar de pneus furados e algum cansaço, todos chegaram ao final, melhores do que quando começaram!!

Da minha parte adorei a participação, em cada metro do caminho!! Desde os reconhecimentos, aos miminhos do Sítio do Elias, mas a parte melhor foi sem dúvida a companhia!! É quando a malta é assim, venham os kms que vierem, não há como correr menos bem!!

Por isso, malta, haja alegria!! Vamos caminhar!! ‘Bora dar corda às botas e, já se sabe… Tockandar!!!

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