quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Quando a rota é dura e grande, reconhece-se 2 vezes!!

Já que no 1º reconhecimento, devido às elevadas temperaturas, não fizemos o reconhecimento na sua totalidade, regressámos à Serra dos Candeeiros para reconhecer o percurso ainda não percorrido...

O sol brilhava, mas a temperatura estava bem mais convidativa a um passeio na serra do que na vez anterior… E assim pusemos pés ao caminho, partindo desta vez do Parque de Merendas, bem pertinho dos Túneis da Corredoura e subindo direito aos moinhos…

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Ao longe avistávamos um cabeço com umas antenas… Deu-me para ateimar que seria ali o ponto alto da Serra dos Candeeiros, recebendo de imdeiato a indicação que “Na-não… O ponto alto fica para lá daquele morro!!”

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O caminho até lá serpenteia por entre muretes de pedra, alguns eucaliptos e algumas flores…

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E quando damos por ela, chegamos ao monte e às antenas…

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Continuamos o caminho, seguindo o trilho e subindo a serra nesta espécie de encumeada até chegarmos à casa vigia.

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Aproveitamos e conversamos com o vigia da serra que nos conta que no passado domingo andaram também por ali 3 que queriam subir à Fórnea, mas não queriam estrada… Hummm… Olha que 3!!! Hihihihi!! Deixamos o vigia para trás e descemos por um carreirinho meio dissimulado por entre a vegetação… A intenção é chegar ao murete lá mais em baixo e depois virar à esquerda, continuando o trilho até ao Ponto Alto.

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Passamos por alguns exemplares de uva-de-cão e pilriteiros - sim, os tais que estão em extinção na Arrábida, aqui crescem a olhos vistos… E é uma maravilha para os olhos, mesmo, ver estas maravilhas verdinhas, pontilhadas de vermelho!!

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Pé-ante-pé, a serra começa a deixar ver o seu ponto mais alto, a 610m, onde se situa uma Torre de Controlo de Tráfego Marítimo do Continente.

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Caminhamos para lá e chegamos ao ponto mais alto!!

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As vistas cá de cima são impressionantes… E só é pena a bruma que não nos permite ver o mar…

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Começamos então a descer, fazendo uma breve pausa para almoçar à sombrinha, com vista para a Urze… A Calluna Vulgaris, ou Urze Torga… E ao lado, uma Urze Erica Lusitanica (a branquinha, que ainda não floriu) Ai se eu fosse abelhinha…

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Abelhinha, ou não, é um prazer, um deleite caminhar nesta belíssima serra, com os seus trilhos e os seus muros que recortam o verde, com campos de cultivo no seu interior…

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E é perto de um destes muretes que apanhei um valente susto… Íamos a tentar descobrir se o trilho descia ou não por ali, quando ouvimos um ruído seco e vemos muito pó a ser levantado… “Cuidado, é um animal!”, diz o AA. Amandei um pulo e saí dali pra fora!! Oh abre, que pode ser um javali mal disposto!! Mas quando fomos a ver com mais atenção, realmente era não um… Mas vários animais!! Porquinhos!!! Os primos amistosos dos javalis!! Ronc-ronc e óinc-óinc foi o que se começou a ouvir quando eles, perdendo o receio, começaram a aproximar-se com curiosidade (que não são só os gatos que são curiosos!! ;))

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Deixando os porquitos no seu curral, continuamos a descer, cruzando-nos agora com umas amistosas cabritas, que se colocaram em fila, posando para a foto!!

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Ficam também as cabritas para trás, à medida que descemos e chegamos à aldeia da Bezerra e à Igreja de São Joaquim e Santa Ana. Para quem não sabe (eu pelo menos não sabia) terão sido os avós maternos de Jesus. Aproveitamos que a porta está entraberta para dar uma espreitada lá para dentro… E aproveitar o fresquinho!! ;)

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Entramos dentro da Bezerra adormecida e percorremos as suas pacatas ruas… Aqui e ali uns muretes de pedra calcária, com o seu interior cultivado…

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Mais à frente o derby lisboeta também aqui se joga, com a casa do Benfica em frente à do Sporting… Vermelho vs Verde!!

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Mas quem parece não se importar muito com essas “guerras” são as flores que por ali crescem também… Unindo o verde ao vermelho num deslumbre de cor!!

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Continuamos a percorrer a rua da Bezerra que nos leva até à Cisterna

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Daí descemos até à antiga Mina da Bezerra, onde outrora se explorou carvão nas entranhas desta terra… Penetramos nós também na sua escuridão, tentando imaginar o que seria nessas alturas, descobrindo os buracos onde o dinamite terá sido colocado para abrir caminho…

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Contentes por se ver luz ao fim do túnel, saímos de lá, dando como terminado o reconhecimento do percurso… Resta-nos agora regressar ao Parque de Merendas, pela Ecopista. Ao longe avistamos Serro Ventoso, os moinhos e a barragem pluvial. Sempre presente também está o Moinho do Picoto

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Caminhamos ligeiros… O fim deste trilho está perto… E é para a luz ao fundo dos Túneis da Corredoura que nos dirigimos, felizes por mais uma missão cumprida…

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Mais 20km percorridos nesta segunda etapa do reconhecimento da GRD da Serra dos Candeeiros… E no próximo sábado, faremos certamente uma das mais belas caminhadas de sempre! Até lá… Tockandar!!!

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