Dia 2
Saímos de Souto da Casa, em dia de Liberdade, armadas de cravos, em busca do som que ribombava e fazia eco pelas ruas que subíamos…
Seriam trovões? Não… Eram os Bombos de Souto da Casa que, acompanhados por uma flauta, ali estavam a animar a malta!
Entoámos nós também o nosso aplauso a estes companheiros do Bombo e voltámos ao nosso trilho, por entre as flores…
E o ribeiro que passa junto à Azenha da Figueira, em tempos usada para moer grão…
Deixamos para trás as verdes colinas…
E passamos por túneis de vegetação
Caminhamos… serenos…
Neste lindo dia de Primavera, onde ao longe a Estrela nos brinda com o seu sorriso cor de neve…
E nós seguindo o seu exemplo, vamos sorrindo às flores…
Florzinhas roxas e outras azuis, que crescem junto ao trilho que vamos percorrendo…
Passamos por uma árvore sonolenta, que ainda não despertou do seu sonho de Inverno…
E seguimos o trilho que contorna o monte amarelo de giestas vestido
Subimos soltos, livres…
Perdendo-nos e encontrando-nos na imensidão da paisagem…
Recordando o passado que não se mostrou gentil com estas árvores…
E depois mergulhamos no reflexo destas águas…
Sim, que a água esteve sempre por perto, brotando do chão, ou correndo ao nosso lado…
E depois de um valente esforço, para a rocha se manter no seu sítio, começamos a descer…
Até chegarmos novamente às cerejeiras em flor…
E se em flor ninguém lhes resiste…
Que seria, se já estivessem em fruto?!
E entramos agora num trilho diferente…
Aqui, a Primavera é Princesa…
E brinca nos campos com o seu manto florido…
Saltamos o ribeiro…
Que corre com as suas águas límpidas e cristalinas…
E do outro lado, as flores parecem ainda mais viçosas…
Acenando à nossa passagem…
E nós devolvemos-lhe o cumprimento…
Cruzamos novamente o ribeiro e chegamos ao final, à civilização… A Souto da Casa.
Foi um fim-de-semana excelente.
A Serra da Gardunha revelou-se um lugar mágico, pleno de encanto e de encantos… Vivendo “à sombra” da Estrela, a Gardunha vestiu-se com um manto de muitas cores para nos receber.
E nós, deixamo-la com vontade de retornar… mais que não seja quando as cerejeiras deixarem de estar em flor… prontos a ceder ao “encanto” da gula!!
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