De Bemposta à Serra de Serves

E assim foi… Um dia depois do Natal, tivemos uma bela caminhada de queima-calorias…

Saímos de Bemposta, com toda a malta bem-disposta…

E lá nos fizemos ao trilho… com pouco sarilho…

Junto a ribeiros, originadas pelas chuvas dos dias anteriores,

Até cascatas havia, para nosso deleite!!!

Mais à frente o primeiro obstáculo…

Uma rede!?

Isso não é nada para estes Amigos…

Tockasaltar a rede e a deixá-la tal como estava!!!

E depois tockandar…

Tockasubir, rumo à serra de Serves…

E uma vez lá em cima, como de costume…

Tockapreciar a paisagem.

Meio perdido, à beira-trilho, mais um cogumelo…

Ao contrário do cogumelo, nós não estamos perdidos…

Caminhamos por entre verde e azul intensos, observando ao longe o que já subimos e descemos.

Passamos por vinhas, com moinhos no horizonte…

E os montes… são aos montes!

Com os olhos plenos de cor, vamos encontrando-nos, cada vez mais…

Encontramo-nos num sorriso, quando alguém confunde o chá gorreana dos Açores com chá “gonorreia” e desata tudo a rir!!!

Encontramo-nos em gestos de entreajuda…

Ou numa festa a um amigo que nos retribui o gesto com um olhar meigo, que trazemos connosco.

O que interessa, é que nestas caminhadas nos encontramos!!!

E a prova mais que provada são estes sorrisos!!!

Quando no final se encontra um lanchinho à nossa espera…

E quem no final encontra também… Uma filhós com arroz-doce, que faz lembrar a meninice de outros tempos!!!

Em Arrimal, não se caminha nada mal…

Foi em Arrimal que começou a caminhada deste sábado. Um sábado que inicialmente se previa chuvoso e com trovoada… Mas que se tornou num dia lindo, com muito sol… E muito frio!!!

Com o termómetro a marcar uns quentinhos 5ºC , lá começámos a subir a serra.

Uma vez lá em cima, havia que apreciar as vistas… A visibilidade era boa… E avistávamos lá ao longe Peniche e ao largo, as Berlengas.

Com um sol meio morno nas costas, descobríamos pelas nossas sombras o quão grandes realmente somos!! ;)

Outros descobriam que as sombras já tinham chegado lá abaixo muito antes deles!!!

Num corrupio de subidas

E descidas…

Lá fomos avançando.

E enquanto uns já diziam “Olá!!” lá de cima, outros iam ainda apreciando o vale em V, cortado na serra.

E uma vez no topo, houve que celebrar o momento!!!

Continuamos…

Passamos por zonas rústicas, onde o tempo quase que parou…

Até chegar a altura do próximo desafio… Daqueles de deixar a língua de fora!!

Estamos enfiados no meio de uma pedreira e precisamos de sair de lá… E a única hipótese é subir!!!

E se não há trilho, arranja-se!!! Tockandar!!!

 

Atiramo-nos à serra com unhas e dentes e vai de subir!!!

E foi um instantinho até chegarmos lá acima.

Depois foi só mais um pouco até ao marco geodésico…

E a seguir é só começar a descer…

Dali até ao bolinho… Foi um pulinho!!!

Sim, eu disse bolinho!! E a receita dele encontra-se aqui!!!

E porquê um bolinho?? Somente porque achámos que seria engraçado celebrar devidamente o 1º aniversário em que partilhámos Trilhos com estes Amigos!!!

Em boa altura o fizemos!!! E isso merece sempre ser comemorado!!

Por isso, PARABÉNS e venham muitos mais!!! TOCKANDAR!!!

Amigos…

Pensando nos meus Amigos faço minhas as palavras do poeta Alexandre O’Neill, quando ele definiu Amigo, na sua obra “No Reino da Dinamarca”:

“(…) «Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão! (…)” 

A todos os meus Amigos posso dizer:

A vossa amizade é a melhor oferenda de Natal que me poderiam dar. E por isso, bem-hajam!

Passeando no Espichel

Domingo também foi dia de passeio, lá para as bandas do Espichel.

Um passeio bem bonito, à beira-mar, na boa companhia da Malta Gira do Clube Natura e mais uns amigos que também trouxe para estas andanças.

O dia estava solarengo, ideal para passear. E nós lá fomos, deixando as nossas pegadas, onde há uns anitos os dinossauros deixaram as deles…

Os cogumelos cresciam à sombra do alecrim, que dava aroma ao passeio.

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E nós… Tockandar!!!

Merendámos numa zona de belas paisagens.

E passámos pelo antigo Forte de S. Domingos da Baralha, de que hoje só restam estas ruínas…

Mas de onde o mar que a vista alcança, vale sempre a pena a visita!!

E no final, retornamos ao Espichel, com o Farol à vista. Construído no ano de 1790, foi o primeiro farol marítimo instalado nas costas de Portugal conhecidas pelos ingleses como 'Costas Negras'.

E assim terminou um belo passeio, mas o final não foi aqui…

Naaa…

O final foi ali algures para os lados do Meco, entre saladinhas de ovas e polvo e umas amêijoazinhas à Bulhão Pato, para aconchegar o estômago, regadas a “leite do dia” - que é assim como quem diz Abadia!!! (não limpes os ouvidos, não!!)

Boa onda, bom espírito, boa companhia e um magnífico passeio… Só podia culminar assim!!! Com um grande sorriso!