Ir até ao Carvalhal é sempre sinónimo de boas subidas, já que esta aldeia, fica num vale, bem junto ao rio Lizandro. Mas a “cenourinha” que me levou até esta caminhada era a da Cascata de Fervença que, com as chuvadas dos últimos meses prometia ser algo bem giro!!
Lá passámos a ponte sobre o Lizandro e começámos a subir, observando as derrocadas que as chuvadas provocaram nos trilhos…
Ao deixar o Carvalhal, somos agraciados com simpáticas palavras, evocativas do espírito das gentes desta aldeia ali mesmo na curva do rio…
Prosseguimos caminho, com as flores sempre por perto, ou não fosse Primavera!!
Subindo e descendo pelos verdes montes, avançamos…
E as flores? Claro, sempre presentes…
Ao longe vemos o Carvalhal anichado na curva do Lizandro e prosseguimos no meio das orquídeas silvestres e de outras belas flores rosadas, creio que do género armeria.
Levados pelas flores, chegamos até aos moinhos…
Atentamos em pormenores de antigos fósseis e menos antigas fachadas…
E lá continuamos, no meio das flores, dos moinhos e do céu azul…
Cruzamos a ribeira uma e outra vez, sempre com uma mão amiga por perto, a dar apoio…
E prosseguimos caminho, pelo verde trilho…
A dada altura a malta do GPS começa a comparar distâncias e altitudes… E quando damos por ela, já estamos todos fora de trilho e ninguém notou!!
“São loucos, estes caminheiros com GPS!!”, parecem dizer as comadres ovelhas…
Passamos por um casal com pormenores templários…
E eis que obtemos o primeiro vislumbre da almejada cascata…
Contudo, o dono do terreno não nos permite avançar e temos de voltar atrás e procurar novo trilho que nos leve até lá. Um trilho com… adivinharam!! Muitas flores!!!
Passo a passo, volta dada, ao longe começamos a ouvi-la…
Mas é quando lá chegamos perto que nos maravilhamos com a sua magnificência…
E ninguém resiste a tirar uma foto com e na cascata!!!
Objectivo cumprido, resta-nos agora voltar para trás, passando junto a um monte de escória, com pedaços de vidro verde que parecem jade reluzindo ao sol, no meio dos depósitos de escombros de obras e restos de mármores e outros detritos que por aqui se vão decompondo, ao sabor do tempo… e do vento…
Acompanhamos agora o curso da Ribeira de Cabrela…
E enquanto outros caminheiros atravessam caoticamente a ribeira, nós saltamos (com permissão do dono) a cerca, questionando se devemos ou não “cuidar dos animais”.
E lá vamos, acompanhando a ribeira…
E quando damos por nós estamos no meio de uma prova de TT, em que os jipes se esforçam para vencer a água e passar para a outra margem…
Seguimos agora pela mata do caçador, apreciando as sombras…
Mais à frente, o terreno fica mais aberto e podemos caminhar com horizontes mais largos…
Voltamos a cruzar a ribeira… Desta vez pela Ponte Romana de Cabrela.
E prosseguimos caminho na outra margem…
Apreciando o trilho florido que a seguir nos levará, monte acima até à Aldeia Perdida de Broas…
Ao longe, avistamos as torres do Convento de Mafra…
Mas aqui, mais ao perto, apreciamos os capuzes de frade que por aqui pululam…
Lírios e orquídeas, convivem a par e passo, vibrando aos nossos passos… Irresistíveis…
Mas o trilho prossegue e a caminhada também… Lá no alto os moinhos observam-nos…
E cá em baixo um cavalinho cumprimenta-nos…
As flores estão sempre presentes por aqui…
E tal como as aves que percorrem estes caminhos, também nós deixamos as nossas pegadas na areia, à medida que chegamos ao nosso destino… Carvalhal à vista!!!
E assim termina mais uma bela caminhada, sempre em boa companhia… Amanhã há mais…
Sem comentários:
Enviar um comentário