quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Caminhando em terras de Almeida

Foi uma aventura de 3 dias em terras de Almeida.

Partimos inicialmente de Castelo Rodrigo até Pinhel; depois de Pinhel avançámos até Almeida e no último dia saímos de Almeida para terminar em Castelo Mendo.

Proponho-vos o relato dessa aventura.

Cuidado, que este post é daqueles bem compridos…

Dia 0

Foi numa fria noite de Lua Cheia (ou quase) que nos fizemos à estrada, com destino traçado para Almeida.

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Uma vez aí e depois de um ligeiro repasto para reconfortar o estômago, fomos dar um piqueno passeio pela vila-fortaleza…

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Passadas as portas, descobrimos uma fortaleza de luz.

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Toda iluminada pelas decorações de Natal.

E depois fomos descansar, que a noite já não era menina… E o nosso sono de beleza já se fazia esperar!!!

Dia 1

Acordámos para um dia que se previa chuvoso e muito frio… Mas após a quebra do jejum apercebemo-nos que talvez assim não fosse… O frio estava lá… em Castelo Rodrigo…

E estes “militantes do IRA” também!!!

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(Frio a quanto obrigas!!!)

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Mas a chuva… Parece que S.Pedro estava bem disposto neste dia… Apesar das nuvens baixas… O tempo manteve-se húmido, mas seco!! (Ai santa incongruência!!!)

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Passado o primeiro obstáculo, tockandar…

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Por entre bosques radiosos, de folhas douradas,

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Pisando em tapetes de verde cobertos, lá fomos nós…

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Subindo a serra da Marofa… Uns, em zig-zag, observando as estações…

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E outros a corta-mato, todos subimos para ver o Cristo… Que não foi lá abaixo ver isto!!!

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Em vez disso, ele observava lá do cimo, Figueira à esquerda e o Castelo, Rodrigo, de seu nome.

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Depois… Depois entrámos em terra de cogumelos!!!

E qualquer semelhança entre o verdadeiro e aquele que eu trazia na ponta da unha… Não era mera coincidência!!!

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A seguir, demos mais umas descidazinhas

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Até chegarmos a uma aldeia abandonada, onde o brasão dos Cabrais ainda se fazia ver…

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Aí merendámos…

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E decidimos o que seria o nosso jantar…

Quem quer posta? (Há pr’ali um guloso que pede 2 em vez de uma!!! Hihihihi)

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E bacalhau?

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E quem é que quer cabritinho?

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Depois de decidido o jantar, tockandar para arranjar espacinho para ele…

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Saltando riachos e passando por locais lindos… A que as fotos, por melhores que sejam não fazem jus…

Absorvendo os fortes aromas a rosmaninho, passámos uma vez mais em terra d’El-rei D. Cogumelo…

E depois chegámos às verdes margens do Côa.

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E atravessámos para o outro lado

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Aqui, o terreno era diferente, mas sempre belo.

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Lá em baixo o rio corria num desfiladeiro

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E as rochas vestiam as suas roupas de Inverno

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E depois começámos a ver novamente os tons dourados…

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À medida que Pinhel se aproximava…

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Mesmo a chegar ao destino, lá se foi a bateria da máquina, mas não sem antes conseguir capturar um vislumbre das torres do Castelo de Pinhel.

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Depois foi tempo do jantar de real “Cumbíbio” e de um serão de fados de Coimbra e canções do Zeca,

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Acompanhados por poesias do Ary, que deliciaram todos os presentes.

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Dia 2

Depois de um serão daqueles, no dia seguinte estava tudo cheio de pica para começar a caminhar…

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Mas S.Pedro enviou-nos a chuva!!!

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E foi uma caminhada bem abençoada… Ai se não foi!!!

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Mas a chuva, para além da molha, trouxe também o viço!!!

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E apesar de termos de caminhar, de cabeça baixa, para não apanhar com a chuva na cara… O moral, esse é muito elevado!

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Pois com malta deste calibre, não há chuva que nos esmoreça!!!

E a paisagem ao ver-nos caminhar assim, veste-se nos seus mais belos tons de verde,

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Para nos receber.

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E nós… Tockandar, que está a chover!!!

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Com guarda-chuva, ou sem, o ânimo é forte

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E até deu para “apanhar” flores!!

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E outros pormenores rurais…

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E outros que tais, como esta árvore solitária que nos agraciou, com o seu encanto dourado.

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Mesmo a chegar a Almeida, cruzámos o Côa, sussurrando baixinho: “Até amanhã.”

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Dia 3

Arrancámos um pouco mais tarde que o habitual, mas nada de grave…

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E deixámos Almeida para trás…

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S. Pedro hoje estava a ser amigo e devido à chuvada da véspera, a paisagem estava de um verde mais verde!!! Viçoso!

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E nós lá avançámos, por entre o verde e o doirado

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Numa palete de cores outonais, que nos enchiam os olhos e a alma!!!

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E voltámos a entrar em território d’El-Rei D. Cogumelo!!

Este media bem uns 20cm de diâmetro, se não mais.

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Aquela manchinha redonda à esquerda é uma moedinha de 5 cêntimos!!!

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Depois encontrámos estes, que pareciam ter vestido uma camisolinha para se protegerem do frio!!!

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Tal como algumas árvores, que também já se estavam a agasalhar para o Inverno…

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Mas por enquanto o Outono ainda aí está… Ao virar do trilho, com as suas cores meio quentes, meio frias…

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E mais uns passos e chegámos novamente ao Côa.

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Que hoje reflectia o céu azul…

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Deixando-nos de reflexões, tockandar para a outra margem do rio, atravessando a ponte (a antiga, do séc. XVII – se a memória não me falha!!)

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Mais à frente paramos para apreciar a paisagem…

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E valia bem a pena uma pequena paragem. O rio serpenteava por entre a vegetação, com um brilho de prata

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E nós? Tockandar, que Almeida já ficou para trás, mas ainda temos muito que palmilhar, que ver, que cheirar, que sentir e que gostar!!!

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Pouco depois, mais uma paragem. Uma capelinha deu o mote à foto – do fotógrafo!!!

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Parece um caçador, ali rasteirinho, junto à vegetação, preparado para apanhar as suas presas, sorridentes!!!

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Mais à frente passamos por uns “gandas” nabos!! Não é no sentido pejorativo!!! Os nabos é que eram mesmo grandes, ora vejam!!!

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Este tinha aí o tamanho da minha cabecita!!!

Uns passos mais e chegamos a uma zona de cabaças!!

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Não sabia que as cabaças vinham de árvores… Sim, sei que é uma falha, mas não sabia… Julguei que fossem como as abóboras!!! Até as ovelhas ficaram a olhar para mim!!! Mé-é-é-é!!!

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Avançando…

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Passamos por uma cerca de arame farpado… Enquanto uns foram à volta, houve quem pulasse a cerca!!!

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Mais à frente entrámos no bosque encantado…

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Onde os carvalhos nos olham timidamente lá do alto dos seus despidos ramos…

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Num ambiente meio fantasioso, tivemos uns encontros estanhos… Com caveiras…

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E porquinhos com piercings no focinho!!!

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E depois, entramos em campo mais aberto… Onde as cruzes imperavam… “Esta é uma terra de cruzes!”, alguém dizia!!!

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Quase chegando ao destino, lá fomos andando…

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E um pouco mais à frente, Castelo Mendo abria-nos as suas portas…

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E nós pudemos desfrutar desta pequena aldeia histórica, anichada dentro das ameias desta fortaleza.

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Desde as ruas empedradas, às fontes e ao pelourinho Manuelino…

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…Às fachadas das casas e às ruínas de uma antiga igreja românica.

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E as vista do castelo, a 721m de altitude…

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Simplesmente… Magníficas!!!

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Um belo pano de fundo para românticos momentos…

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E assim terminaram 3 dias de caminhadas por belas paisagens do concelho de Almeida, com bons Amigos por trilhos meios perdidos e (re)encontrados.

1 comentário:

  1. Parabéns pelo Blogue e continuação de Boas Caminhadas! Tockandar ;)
    Di

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