Foi um grande fim-de-semana este! Grande pela dimensão dos sorrisos que originou… Grande pela amizade que se sentia… Grande pela forma como fomos acolhidos nesta 2ª Edição dos Moinhos dos Cubos. E grande portanto, será também este post… Com muitas, muitas fotos! Tantas que optei por dividi-lo em 3, consoante o nº de dias.
Devo dizer que falhei a 1ª Edição, que teve lugar no ano passado com a malta que subiu ao Toubkal. Nesta 2ª Edição houve algumas ausências, todas elas sentidas, mas ainda assim, o grupo funcionou muito, muito bem, tornando esta 2ª edição um sucesso, com pedidos para mais!!!
Dia 3
Acordámos com o sol a entrar pelas portadas… Hoje não tivemos direito ao grito de alvorada e quem bateu nas janelas foi o vento, que durante a noite se fez sentir, uivando e soprando com vigor. Ainda assim dormi muito bem, graças ao conforto dos Moinhos dos Cucos e ao saco-cama quentinho que o amigo JR me emprestou.
O plano hoje não era de fazer uma caminhada, já que os petizes estavam um pouco cansados, pelo que se arranjou uma alternativa interessante, em que eles também pudessem participar sorrindo. E depois do belo pequeno-almoço, lá saímos para uma passeata matinal, em redor dos Moinhos dos Cubos…
Dizia-nos a M. que perto da ribeira haviam umas rochas que pela forma e aspecto metálico, davam a impressão de serem restos de um meteorito… E nós lá fomos ver… Contudo, acabámos por concluir, com a ajuda de um “nativo” que seriam restos de alguma fundição de ferro.
Descemos pois, perto da casa onde o Pai da M. nascera, até junto da ribeira, onde a Bicas aproveitou para se banhar e brincar na água fresquinha…
Era um recanto absolutamente magnífico… A melodia da água sobre as rochas… A luz que passava por entre os ramos das árvores e dos arbustos… O jogo de sombras e silhuetas
Era um local absolutamente mágico, onde a água reflectia tudo em seu redor…
Deixamos este local mágico para entrarmos na antiga casa onde o Pai da M. nascera e os Avós dela viveram, muitos anos antes, equipada com um moinho que funcionava com a força da água da ribeira…
Apesar de estar em ruínas, conseguimos ainda assim observar pormenores interessantes, como o banco que existia junto à enorme lareira, ou a porta com postigo por onde a luz entrava. Curioso ainda, no exterior da casa esta fachada com buracos… Seriam para vigas que suportariam um telheiro?
Deixamos a casa em ruínas e vamos passar junto a uma fonte, onde a água congelara. Retirou-se a placa de gelo que parecia um vidro com meio centímetro de espessura e que deu depois origem às mãos geladas do Microman!!
Bem perto, vemos uma antiga mó, hoje já reformada e conformada com a sua nova função decorativa, ao mesmo tempo que um sobreiro, meio desgrenhado, olha impávido a sua farta cabeleira de outrora que jaz agora no chão…
Regressando aos Moinhos dos Cubos, é agora altura de fazermos um passeiozinho de carro, com música à mistura e rumando a Arronches, com uma pequena paragem numa capela lá perto…
Já em Arronches, passeámos pelas ruas desta sede de concelho alentejana, notando a torre sineira e os ninhos de cegonhas que lá havia, causadores desta “pintura” singular nas paredes da torre…
Passámos também pela Igreja Matriz, notando o lema “Paraíso para sempre, Inferno para sempre” escrito acima da porta… E lá demos volta para trás, não fôssemos entrar pela porta errada e ficar no sítio indesejável para sempre!!
Percorremos então as ruas de Arronches, descendo a Rua do Arco,
Passando por uma antiga igreja (que hoje é capela mortuária) e parando o trânsito para fotografar o gatinho a apanhar sol na soleira da porta…
Alguns de nós cantavam modas alentejanas enquanto passávamos pelas ruas, onde o graffiti também já chegou…
Com Arronches vista, era agora altura de visitar as Pinturas Rupestres da Lapa dos Goivões, datadas de 3000 a.C.
Por baixo de uma enorme rocha, encontrámos desenhados em tons de vermelho e ocre algumas figuras, evocativas (segundo os entendidos) de uma cena de pastorícia…
Onde estes tracinhos provavelmente representariam as ovelhinhas no rebanho e o cão pastor.
Descendo um pouco mais a estrada encontramos o que julgávamos ser um turismo de habitação e descobrimos que afinal é uma adega, meio esquecida aqui, por entre as camomilas que crescem à sua volta, junto à estrada…
Seguimos então a Bicas até ao carro e regressamos aos Moinhos dos Cubos, mesmo à hora de dar de comer à bicharada… Assim ao estilho do Fungagá!! Galinhas balbinas, gansos patolas e galos badalos, de ceroulas vestidas!!!
Há tempo somente para a foto de grupo da despedida e fica desde logo meio agendada a 3ª edição que, a contar pelo sucesso das anteriores, ainda vai ser mais de estalo que esta!!!
Nota: Quero deixar o meu agradecimento à M.L., pela forma como nos recebeu, pela magnífica anfitriã e cicerone que foi, mostrando e partilhando connosco o seu cantinho alentejano. Aos restantes Amigos, como foi bom estar convosco!! Bem-hajam, a todos!! Que venham mais iniciativas destas e até lá… tockandar!!!
Quem me dera ter partilhado esta aventura. Clementina
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