terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tockandar em Folgosinho!!!

Fomos de fds para Folgosinho!! Para nos alambazarmos no Albertino, mas não só… Caminhar é preciso!! E é bom!!! Muito!!

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E com paisagens de Outono lindas como esta, a única coisa que me faria não caminhar era uma valente indigestão… Não minha, mas do meu Mais-Que-Tudo… que se resolveu alambazar no pequeno-almoço… Ora o sangue ficou confuso… Era necessário no estômago, mas as pernas também estavam a precisar dele… Resultado: lá tivemos de voltar lentamente para trás…

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E pelo caminho, em pleno PR – A Rota dos Galhardos, depois de passarmos a ponte, ele já mais refeito do estômago…

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Por entre a dourada vegetação…

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Encontrámos montes de castanhas, umas ainda a pender dos ouriços e outras, caídas no chão…

As que estavam no chão, fomo-las apanhando, lentamente e com muita calma… Para não se estragarem, que afinal estava a chover (e algumas até já tinham sido meias pisadas)… Passado algum tempo tínhamos apanhado um carradão delas!!! Levamo-las para casa, lavámo-las bem e depois deixámo-las a secar, junto com as roupas, perto do aquecedor…

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Enquanto o resto do grupo aproveitava a caminhada e os cheiros e cores do Outono, optei por dar um pequeno passeio na aldeia de Folgosinho e aí descobrir uma capela, onde há uns anos atrás entrei para tirar umas fotos e, com a diferença de luz, quando dei por mim, estava lá a decorrer um serviço fúnebre… Ops!! Lá saí de fininho!!

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Este ano, a capela estava aberta e já pude tirar a foto!!

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Daí passamos pela fonte, com os seus versos…

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Pequenas verdades em relação à água (e ao que mais rimar!!)

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Aliás, Folgosinho é conhecida por ter muitos azulejos com quadras alusivas à água, como estas:

Subimos ao castelo, de acordo com a lenda, fundado por Viriato, com as suas vistas belíssimas,

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De onde se avista Linhais da Beira, lá ao fundo.

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Já no centro da aldeia, atentámos no hino de Folgosinho.

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E entretanto, caiu uma daquelas chuvadas de Outono, que nos fazem lembrar que o Inverno está aí ao virar da esquina… E ao virar da esquina encontrámos também os companheiros que vinham da caminhada. De uma belíssima caminhada… Depois, foi tempo de enxugar roupas, tomar banhocas e prepararmos para o belo do jantar no Albertino.

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E nós não dissemos que não a nenhum e no final, meios protegidos da chuva na soleira do restaurante, soltámos as “granadas”, mais alguns fados, sem guitarradas e fizemos a festa!!

Francisco e eu Foto de JJR

E no dia seguinte, TOCKANDAR!!!

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Sim, estava chuva… Sim, estava nevoeiro… Não, não encontrámos o D.Sebastião!

Mas encontrámos estes cogumelos…

E estas árvores, já vestidas com cachecóis de musgo, preparadas para o Inverno.

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E estas cascatas, engrossadas pelas águas da chuva…

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E estes trilhos, plenos de folhas douradas, umas já caídas, outras ainda nas árvores…

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E outros trilhos, cheios de musgo, ainda verde, contrastando com os dourados e castanhos em redor.

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E subimos…

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Com vontade de chegar à Igreja de Santiago, mas o granizo e o nevoeiro falaram mais alto. Não se justificava estarmos a ser fustigados pelo granizo só para lá chegarmos acima e não usufruirmos da vista deslumbrante da paisagem… Então optámos racionalmente por descer.

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E eis que a uma cota mais baixa, alguns raios de sol conseguiram furar entre o tecto espesso das nuvens e iluminar a paisagem.

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E o nosso trilho iluminou-se…

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E apesar da chuva que caia, conseguíamos agora ver mais além…

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Além das gotas de água, chegávamos ao Covão da Ponte…

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E um pouco mais à frente, encontrámos abrigo para petiscarmos qq coisa e trocarmos de roupa.

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E depois seguimos viagem,

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Por entre o olhar de quem é, e vive da, e para a, terra.

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Muita água caiu do céu

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Mas nem por isso a paisagem deixava de ser bonita

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Antes pelo contrário… As gotas de água conferiam-lhe mais luz.

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E nós, tockandar por esses bosques a fora…

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Uma vez no topo de mais uma colina, avistamos ao longe Folgosinho.

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E descobrimos a calçada romana dos galhardos,

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Que fomos descendo, com muito jeitinho (e algumas escorregadelas, pelo que a mão amiga dava sempre jeito!!)

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A fantástica paisagem envolvia-nos

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E mesmo aqui viemos encontrar, numa casa em ruínas, mais um azulejo com quadras.

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Encerrámos assim a porta desta caminhada, assim molhada, mas que nos deixou a alma lavada…

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E no final, celebrámos esta nova alma com um pequeno magusto, com as castanhas apanhadas de véspera. A receita para esta festa: juntámos os amigos lá em casa, mais umas chouriças e morcelas assadas, acompanhadas de bom pão centeio, mais o queijinho (para quem gosta), tudo bem regado com boa jeropiga local… Há lá festa melhor que esta?!

E tockandar!!!

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